Errar é humano, mas… o que fazer com o erro?

Errar é humano, mas… o que fazer com o erro?

Errar é humano, mas... o que fazer com o erro?
Errar é humano, mas… o que fazer com o erro?

“A chave de todas as ciências é, inegavelmente, 
o ponto de interrogação.”

Honoré de Balzac

Neste Artigo Errar é Humano, mas… você vai ler:

  1. O que fazer com o erro?
  2. Erros mais frequentes na análise de mercado
  3. A Miopia
  4. A Empáfia
  5. A Síndrome de Tássia
  6. Prevenção
  7. Ação de correção
  8. Filosofia de suporte

” Errar é humano. “

” Tentativa e erro é o sistema de aprendizagem mais antigo. “

Estas duas frases acima são muito utilizadas em quaisquer ambientes, e elas contêm verdades ou mentiras relativas, dependendo de como se interpreta cada uma delas, tendo em vista que:

– errar é humano, mas não aprender com o erro é um contra-senso;

– é tentando que se aprende, mas só errar não leva a nada, o melhor é, aprender com os erros dos outros para não repetir a história, ou para encurtá-la!

O que fazer com o erro?

Mas, … e o que fazer com o erro? Com os erros não há muito a fazer, objetivamente. Sua empresa necessita ter em sua cultura três componentes fortes:

  1. prevenção,
  2. ação de correção,
  3. filosofia de suporte à prevenção e à correção.

Quais os erros mais comuns na análise de mercado?

Mas, antes, vejamos alguns dos erros mais frequentes na atuação de quaisquer empresas na análise do seu mercado de atuação. Os erros são provocados por atitudes que intitulamos: MIOPIA, EMPÁFIA e SÍNDROME DE TÁSSIA:

Errar é humano: MIOPIA

“Nós estamos fazendo tudo certo, essas mudanças no mercado são temporárias…”

Sobre a miopia na análise do mercado, algum tempo atrás, Theodore Levitt, escreveu um artigo famoso, um dos artigos mais referenciados da Harvard Business Review (Julho-Agosto de 1964).

Além disso houve também uma revisão feita 10 anos mais tarde, no número de Setembro-Outubro de 1975, sendo considerado, o artigo inicial, um dos 16 artigos mais influentes publicados em toda a história editorial da revista, até meados dos anos 90, que à época comemorava 75 anos de existência.

Se você quiser ler o artigo, e seu comentário retrospectivo (ambos em inglês), feito dez anos depois, baixe o PDF:

hbr-july-aug-2004-marketing-myopia.pdf

Errar é humano: EMPÁFIA

“Coitados dos nossos concorrentes, eles nem entendem o que nós fazemos…”

O foco no cliente é insuficiente por duas grandes razões:

  1. o número de não clientes é muito maior do que o número de clientes (com exceção dos monopólios), portanto focar só o cliente provoca perda de oportunidades;
  2. no mercado atuam os concorrentes que precisam ser monitorados também.

Se você e sua empresa atuam em um mercado competitivo, o seu foco é o mercado:

– um olho no seu mercado alvo (clientes e não clientes), e

– o outro nos concorrentes, 

buscando manter a sua dianteira, ou buscando atingir a dianteira.




Errar é humano: “SÍNDROME DE TÁSSIA”:

“Nossos empregados são pagos para fazer, eles devem fazer o que é pedido porque os gerentes conhecem os problemas melhor do que eles…”

Esse é o mal frequente do sucesso. O empreendedor de sucesso acha que ninguém pode com ele, é o mal do “Tá Se Achando”. É a soberba.

As Horas Da Verdade estão acontecendo com quem faz contato com os clientes, muito frequentemente, longe dos olhos dos gerentes e dos proprietários. E nessas Horas Da Verdade é que sua empresa acontece, é no mercado que a sua empresa cria a imagem que ela tem, não à frente da sua mesa de trabalho.

Leia o artigo (imperdível para quem atua em serviços):

“O Conceito de Hora Da Verdade ou As Regras Da Felicidade

e também este:

A Pesquisa De Mercado No Seu Quintal

que mostra como você pode utilizar o pessoal de contato com o público como fonte de pesquisa do seu mercado de atuação, como termômetro da adequação do que você produz, ou vende, às necessidades desse mercado.

Mas, … e o que fazer?

PREVENÇÃO:

Crie um sistema de vigilância dos erros e alertas sobre possíveis erros por toda a empresa, vindos dos empregados, dos clientes e dos parceiros. 

Esteja sempre alerta na detecção do que pode se transformar em erros. 

Compartilhe e debata com o seu pessoal. Acima de tudo, faça a informação circular.

AÇÃO DE CORREÇÃO:

A ação pronta e efetiva, e os correspondentes recursos que a sustentam, são necessários para a correção de quaisquer erros.

Mantenha os empregados alertas e com a responsabilidade e autoridade para sanar os erros com que se defrontam.

Acima de tudo, nunca subestime os danos e as consequências dos danos por qualquer tipo de erro. Os danos podem rapidamente virar prejuízos.

Reflita sobre o improvável e o impensável, e as correspondentes ações preventivas, caso eles ocorram.

Procure nunca errar, mas aprenda sempre com o erro, pois ele é inevitável. Transforme as crises provocadas pelo erro, por cada erro, em oportunidades de melhoria para nunca mais cometer esse erro, e outros correlatos.

Institua o “ShitStorming”, uma brincadeira onde os empregados comentam “as cágadas” que encontraram no seu caminho. Isso cria uma cultura de prevenção e ajuda a pensar nos erros que estão ao lado de cada um dos seus empregados. Aprende-se com o sucesso e também com os erros das outras pessoas.

FILOSOFIA DE SUPORTE:

Mantenha o relacionamento com os seus clientes certos, a qualquer custo.

Fazer com que seus empregados trabalhem em um ambiente de aprendizagem, onde o erro não só é tolerado, mas é visto como oportunidade, é o caminho recomendado para as empresas que aprendem. Caso você queira saber como estabelecer culturas que promovam o aprendizado, nós podemos ajudar. Para maiores detalhes, contate-nos.

Você pode imprimir, repassar ou copiar este artigo, no todo ou em parte, contanto que
1º – mantida a autoria; 2º – divulgado o autor e 3º – divulgado o endereço do site  https://www.merkatus.com.br

Carlos Alberto de Faria

Graduado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1972 e pós-graduado em Marketing de Serviços pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 1997. Mais de 40 anos de experiência em Marketing.

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