Equidade: Significado da teoria de Stacy Adams

Qual o significado de Equidade e como ela funciona? E, algumas possíveis consequências pessoais (*)

Equidade significado
Teoria da Equidade: Resumo

Os empregados, raramente, são observadores passivos dos eventos que acontecem ao seu redor no local de trabalho.

Eles são observadores e, talvez mais importante, eles avaliam os eventos que observam.

Será útil usar a teoria das trocas para tentar entender estes processos de avaliação.

Teoria das trocas e o Comportamento Humano

As teorias das trocas estão baseadas em duas suposições sobre o comportamento humano:

  1. assume-se que há uma semelhança entre o processo pelo qual o indivíduo avalia suas as relações sociais e as suas transações econômicas no mercado.
    As contribuições para as relações sociais podem ser percebidas como investimentos para os quais as pessoas esperam algum retorno (é assumido que as pessoas não entram em relações sociais sem alguma expectativa que o tempo e recursos que eles investem nessas relações tenham retorno de alguma maneira).
  2. assume-se que as pessoas exigem justiça nas suas interações sociais e essa percepção sobre a justiça é obtida pela observação do que as outras pessoas obtêm das relações.
    Onde há igualdade relativa entre resultados e contribuições da troca de ambas as partes é provável que resulte em satisfação. 

Resumindo, os indivíduos em interações sociais comportam-se de uma forma similar, até certo ponto, ao do “homem econômico” colocado pela economia clássica.

A suposição é que os indivíduos são motivados a maximizar os resultados que recebem e minimizar seus custos.

Teoria da Equidade: Equidade e Troca

Os principais componentes das relações de troca são contribuições e resultados. 

Contribuições, tal como os investimentos, são o que as pessoas põem na relação. 

Resultados são “as coisas” obtidas na troca. 
 

A importância relativa da contribuição e do resultado é uma questão de percepção.

Somente eu é que posso realmente dizer quanto valor eu coloquei nas contribuições que eu investi na troca.

Minhas expectativas com respeito aos resultados que espero receber dependerão do valor eu coloquei em minhas contribuições, e isto pode ter muito pouco a ver com qualquer característica objetiva da situação.

A consideração importante é que cada pessoa avalia as suas contribuições dadas e os seus resultados obtidos comparando-os com essas mesmas contribuições e resultados dos outros.

Diz-se que a equidade existe sempre que a relação entre os meus resultados e minhas contribuições é igual à mesma relação sob o ponto de vista da outra pessoa.

Por exemplo, os empregados podem exibir satisfação em um trabalho que exige um grande esforço e para qual eles recebem muito pouco se, e somente se, os seus colegas de trabalho estão em posição semelhante.

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Definição Equidade: Dicionário Michaelis

Teoria da Equidade de Stacy Adams: Princípios

Podem ser resumidos como princípios da Teoria da Equidade:

  1. a percepção da não equidade cria tensão no indivíduo;
  2. a quantidade de tensão é proporcional à magnitude da percepção da não equidade;
  3. a tensão criada no indivíduo irá motivá-lo a reduzir esta não equidade;
  4. a força da motivação para reduzir a não equidade é proporcional à percepção dessa não equidade. 

O conceito de equidade é frequentemente interpretado como uma associação positiva entre o esforço de um empregado no trabalho e o pagamento que eles recebem. 

É esperado que quem contribui mais, recebe mais.

Esta afirmação pode ser chamada de a norma de equidade. 

Esta norma da equidade é geralmente aprendida por um processo de socialização.

Por exemplo, a maioria dos grupos estabelece normas que induzem seus membros a comportarem-se com equidade.

Porém, nossa sociedade também promove outras noções de equidade ou justiça. 

Em sistemas de previdência social ou em sistemas de medicina geriátrica, os recursos – os resultados – são distribuídos de acordo com a necessidade.

Em geral, nossa sociedade parece também ter normas que aceitam este tipo de distribuição de resultados como equitativo, distribuição de acordo com a necessidade.

Então, tentando prever como um indivíduo reagirá a um sistema particular de recompensas, precisa-se saber quais normas de equidade, daquelas em que eles acreditam, devam ser aplicadas; ou baseado em contribuições ou baseado em necessidades.

A percepção individual da “justiça” nas trocas estabelecidas (entre pessoas da família, entre os colegas de trabalho, com organismos ou empresas) produz, numa metáfora com o sistema de contas bancário, uma sensação de equilíbrio quando se sente estar entregando tanto quanto está recebendo.

Caso contrário ou se tem uma conta com débito – sente-se receber mais do que se dá – ou uma conta com crédito – sente-se receber menos do que se entrega. 

Teoria da Equidade: A sintonia interna individual

  • competência intrapessoal -, a liberdade de poder tratar dessas percepções e sensações de equilíbrio, débito ou crédito com quem se estabelece as trocas
  • a competência interpessoal – são necessárias para a promoção, ao longo do tempo, de relações equilibradas. 

Caso contrário, o débito ou o crédito podem fazer surgir a culpa ou a raiva, respectivamente. 

Quando você erra algo, como será que sente a pessoa afetada pelo seu erro?

Como se sente quando é afetado pelo erro de uma outra pessoa?

Nas suas relações, pessoais e afetivas, você consegue discutir ou trazer à tona estes sentimentos de débito ou crédito? 

E nas relações profissionais?

Este texto é suporte para o perfeito entendimento Artigo da próxima semana, que tratará de SERVIÇOS DE RECUPERAÇÃO.
(*) Autor desconhecido

Texto originalmente divulgado no “e-mail” PORQUE HOJE É SEXTA, editado semanalmente por mim, com a colaboração do Paulo Bottarelli, em continuidade ao trabalho originalmente iniciado por Sonia Breda.

A adaptação livre do texto foi feita por Paulo Bottarelli e Carlos Alberto de Faria, a partir de texto capturado na INTERNET.

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Carlos Alberto de Faria

Graduado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1972 e pós-graduado em Marketing de Serviços pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 1997. Mais de 40 anos de experiência em Marketing.

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