SUA EMPRESA PRECISA MUDAR?

Hoje vamos explorar um assunto bastante comentado, mas pouco explorado: a necessidade de mudanças.

Primeiramente vamos recordar o porquê das mudanças serem, hoje, tão necessárias. Este é o aspecto mais fácil. Em segundo lugar vamos tentar dar algumas explicações do porquê as mudanças são tão evitadas. Finalizaremos com o principal requisito para a mudança e algumas dicas do que se deve pensar para mudar.

Nós comentamos no BES “Como Agir Nesta Era Do Conhecimento?“:

A informação e o conhecimento abundantes proporcionam ações rápidas, que constroem um mundo diferente, a cada instante, gerando novas informações e novos conhecimentos. Ou seja, a sua ação no mercado – quer seja você ou uma organização – muda o mercado, gerando novos dados, novas informações, novos conhecimentos, ensejando novas ações.

Essa aparente cobra que anda atrás do próprio rabo, não é autofágica, ela forma uma espiral. Isto sempre foi assim. O que mudou – e muito – é a velocidade de construir e caminhar nessa espiral.

Esse é um dos motivos pelos quais tanto se fala emmudança hoje. Há uma frase que eu gosto, e, porisso, eu uso muito, que diz o seguinte:

A única coisa constante no mundo é a mudança!

No entanto a mudança, em algumas pessoas e algumas organizações, não ocorre? Por que?

Vamos analisar um empreendimento. Inicialmente o empreendimento é uma idéia na cabeça. Para sair da cabeça e ir para o real, há a necessidade da conjunção
de série de esforços e recursos: materiais, financeiros e humanos.

A implantação desse empreendimento age sobre o mercado, e o mercado age sobre o empreendimento. A grande maioria dos empreendimentos falha, alguns poucos e raros sobrevivem.

Os empreendedores, que têm sucesso, sentem-se, justificadamente, orgulhosos. Deram certo no mundo dos negócios! O empreendimento é sua criação e sua criação é um sucesso.

Falamos acima que o mundo muda a uma velocidade maior do que em quaisquer outros tempos. Essa velocidade de transformação obriga todo e qualquer organismo (pessoas) ou organização (empresas) participante do mundo dos
negócios a uma constante adaptação, crescimento, desenvolvimento.

Só que o sucesso e o orgulho podem se transformar os empreendedores em pessoas que enxergam o que a trouxe até o sucesso, como a estratégia imutável do sucesso. E esse é um grande erro.

A estratégia, que trouxe o empreendimento até o sucesso, funcionou no mundo de ontem. Hoje, o mundo é outro.

Dirigir um empreendimento utilizando e acreditando, que o que deu certo ontem, dará certo hoje e amanhã é o mesmo que dirigir um carro olhando para o passado,
olhando para o que passou, olhando pelo retrovisor.

Vejamos o que pode acontecer, no caso geral, com a empresa de sucesso e o seu mercado de atuação. Não precisamos de nenhum caso específico:

1. o mercado cresceu;
2. o sucesso do empreendimento trouxe vários concorrentes;
3. alguns tiveram sucesso, outros fracassaram;
4. a empresa de sucesso cresceu;
5. o olho do empreendedor, que antes cuidava de tudo, hoje está dirigindo o     negócio atrás de uma escrivaninha;
6. os empregados é que cuidam dos clientes.

Na maioria dos casos, ou o seu caso específico, pode ser bem próximo deste perfil, com alguma alteração aqui e ali, mas é parecido com este perfil apresentado.

Pare agora esta leitura e leia este artigo:

O Trabalho Nos Tempos Pós-Modernos




E informação mexe com pessoas, incomodam a algumas pessoas, a alguns empreendedores. Eles podem achar mais fácil culpar os empregados. Os empregados são culpados, ele é um empreendedor de sucesso. Há, nesta frase
anterior, duas presunções que podem estar erradas:

1. você teve sucesso em trazer seu empreendimento até aqui, até aqui você teve sucesso; nada garante que o sucesso se repita;
2. os outros (os empregados) não são culpados, você é que pode não ter o repertório de conhecimentos, habilidades e atitudes que o habilita a liderar o pessoal rumo ao futuro.

Este conjunto de fatores acima, obriga o empreendedor mudar. Mas o empreendedor quer empregar o mesmo caminho que o fez alcançar o sucesso, no passado, num mercado que não existe mais. Ou seja, a estratégia é velha,
o mercado é novo e o empreendedor está cego, ou pelo menos não quer enxergar.

Esta é a principal razão pela qual se diz que o sucesso pode ser uma trilha para o fracasso.

O problema do empreendedor, que se detecta nestes casos, é algo parecido com:

1. receio de perder o controle,
2. mudança no “MEU” empreendimento,
3. estão querendo mexer na minha cria.

O seu empreendimento está estagnado? O seu empreendimento parou de crescer? Os concorrentes atacam a sua clientela? Você tem dúvidas sobre o que fazer?

Esse empreendedor, ansioso, clama por ajuda. Mas, ao mesmo tempo, tem medo da mudança. Esse empreendedor quer que alguém lhe dê, entregue uma receita pronta para o seu caso específico.

Entregar uma receita pronta – o que fazer e como fazer – implica em reter, com o consultor, as ferramentas de leitura e interpretação das mudanças do mercado. O
consultor está entregando o peixe, não está ensinando a pescar. Daqui um, ou poucos anos, a situação se repete, e nova intervenção é necessária.

É característica de pessoas nesta situação quererem algo prático, pronto, sem teorias. Isso se deve ao receio da mudança interna, pelo receio da mudança pessoal.

A empresa não muda se o empreendedor não muda. E com a receita de como fazer isso e aquilo, voltamos a fazer tudo da mesma forma que fazíamos antes. A receita é a forma mais segura de ilusão: achamos que estamos promovendo a
mudança, mas continuamos a fazer tudo como antes. Os resultados não aparecem, as tentativas seguidas de mudanças, que nada mudam, promovem a instalação da desesperança.

A sua empresa só vai mudar se você mudar. Para mudar, as perguntas básicas que devem ter respostas pelo empreendedor são:

– por que minha empresa existe?
– o que precisa mudar?
– estamos dispostos a mudar?
– temos a coragem para mudar?
– temos as habilidades para promover a mudança?
– vamos pagar o preço da mudança?
– o que estamos fazendo com as pessoas: empregados, clientes e    fornecedores?
– o que diferencia meus serviços dos serviços dos concorrentes?
– quem é o público-alvo desses meus serviços?
– o que esse público-alvo deseja ou necessita?
– na minha empresa, quem atende o cliente?

A partir da leitura do retrato atual do seu mercado, e da sua concorrência, o empreendedor tem uma base firme para alavancar novamente a sua empresa, fazer a mudança necessária, e enfrentar novamente o mercado de peito
aberto.

O requisito essencial, para qualquer empreendedor enfrentar esta jornada, é a humildade de aprender e apreender o mundo e as mudanças havidas e futuras no
mercado. O empreendimento não muda se o empreendedor não mudar.

Neste ponto eu recomendo a leitura do artigo:

A Lei Do Retrovisor

que você encontra neste sítio.

Você acha que não é um empreendedor?

Pense na VOCÊ S.A., a sua empresa individual: você. Volte ao início e releia tudo. Veja que tudo se aplica à VOCÊ S.A.

Se o retrato traçado neste BES for parecido com o seu caso, você está enxergando as mudanças no mundo e adaptando o seu negócio, qualquer que seja ele, aos novos tempos, periodicamente?

A mudança está aí, a necessidade de mudar é premente.

E você, o que você vai fazer?

Façamos todos uma ótima semana!

Você pode imprimir, repassar ou copiar este artigo, no todo ou em parte, contanto que
1º – mantida a autoria; 2º – divulgado o autor e 3º – divulgado o endereço do site  https://www.merkatus.com.br

Carlos Alberto de Faria

Graduado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1972 e pós-graduado em Marketing de Serviços pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 1997. Mais de 40 anos de experiência em Marketing.

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