VALORES E CRENÇAS: Bússola ou Âncora?

Valores e crenças ajudam a formar a nossa personalidade. O nosso jeito de agir depende, e muito, daquilo que acreditamos; dos valores, crenças, ideais, idéias, opiniões, pontos de vista.

Vamos ver dois exemplos de crenças opostas, e suas possíveis consequências:

1. Primeira Crença: 
Eu já me deparei com pessoas que acham, que têm uma crença que todo ser humano é capaz de tudo; bastando apenas a paciência de ensiná-lo. Esta crença leva a pessoa a se desgastar, tentando ensinar tudo a todos, diminuindo sua efetividade, e, pior, obtendo péssimos resultados. Se for um empresário, com esta crença, ele insistirá em fazer com que o “limoeiro dê abacates”, perdendo tempo e oportunidades preciosas para o seu próprio desenvolvimento e o desenvolvimento da sua empresa. Todas as pessoas têm limites.

2. Segunda Crença:
De maneira análoga, eu já presenciei, e é, com certeza, o mais comum, aqueles que crêem que ninguém faz nada certo. Tudo que ele faz, faz certo e ninguém faz igual ele. Então ele faz tudo, só ele próprio. Isto provoca uma avalanche de coisas para fazer, impossibilitando a pessoa de assumir mais e novos desafios. Um empresário, com esta crença, mal consegue dar conta do trabalho: nunca, ninguém faz nada direito, e ele tem que fazer tudo sozinho, ou remendar tudo, de novo! Falta-lhe tempo para o seu desenvolvimento e para encarar novas oportunidades no mercado.

Esse conjunto de idéias, ideais, convicções ajudam a qualquer pessoa a encontrar, desbravar e percorrer o seu próprio caminho, neste caso os valores e crenças orientam as decisões que temos que tomar a cada instante, no percurso do nosso caminho, na nossa vida do dia a dia.




A outra abordagem, com relação aos valores e crenças, é que as possibilidades de ação e atuação existentes, quando situadas além do seu conjunto de valores e crenças, não são analisados por você. Neste aspecto esses valores se transformam em âncoras limitadoras, pois não permitem você se desgarrar daquilo que você acredita.

A conclusão que se tira, destes dois parágrafos acima, é que os valores e crenças são ótimos e excelentes, e devem ser limitados a um mínimo essencial, para evitar o efeito âncora limitadora, aquele efeito que faz com que você se amarre em algo que não seja essencial, tirando possibilidades de vivências, atuações, desenvolvimento, sucesso, etc.

Note que os dois exemplos acima, os dois lados da mesma moeda, aparentemente opostos, conduzem a um mesmo resultado, falta de tempo para cuidar do importante: o desenvolvimento da sua empresa e de si próprio. Ou seja, as crenças, não necessárias, criaram uma âncora, imobilizaram o repertório de atitudes e comportamentos, fazendo com que as pessoas não tenham possibilidade de crescer, ou diminuindo esta possibilidade, tanto em termos pessoais, como em termos empresariais.

Lembre-se, as suas CRENÇAS, os seus VALORES, os seus PONTOS DE VISTA e as suas OPINIÕES foram formadas no PASSADO, elas embasam suas AÇÕES que ocorrem no PRESENTE, criando RESULTADOS que estão no FUTURO.

As suas ações presentes são fortemente dirigidas e, também, limitadas pelos seus valores, e pelas suas crenças. Portanto é bom questionar os seus valores e crenças, pois elas podem estar limitando seu campo de atuação, e impedindo ou, no mínimo, tornando mais difícil você chegar ao seu futuro desejado e sonhado.

Façamos todos nós uma ótima semana!

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Carlos Alberto de Faria

Graduado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1972 e pós-graduado em Marketing de Serviços pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 1997. Mais de 40 anos de experiência em Marketing.

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