“Não te irrites, por mais que te fizerem…
Mário Quintana
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio…”
Como trabalhar com o conhecimento na sua empresa?
O que é gestão do conhecimento?
O que podem fazer as pequenas e médias empresas com a gestão do conhecimento?
O fato de conversarmos e batalharmos por algo chamado de gestão do conhecimento levou algumas empresas a um possível ponto, onde não se sabe onde se pode chegar, se é que se chega a algum lugar.
Para esclarecer, voltemos ao dicionário (Houaiss):
CONHECIMENTO:
ato ou efeito de conhecer
1 o ato ou a atividade de conhecer, realizado por meio da razão e/ou da experiência
1.1 ato ou efeito de apreender intelectualmente, de perceber um fato ou uma verdade; cognição, percepção
1.2 Derivação: por extensão de sentido. fato, estado ou condição de compreender; entendimento
2 Derivação: por metonímia.
a coisa conhecida
2.1 Derivação: por extensão de sentido.
domínio, teórico ou prático, de um assunto, uma arte, uma ciência, uma técnica etc.; competência, experiência, prática
…
INFORMAÇÃO:
ato ou efeito de informar(-se)
1 comunicação ou recepção de um conhecimento ou juízo
2 o conhecimento obtido por meio de investigação ou instrução; esclarecimento, explicação, indicação, comunicação, informe
3 acontecimento ou fato de interesse geral tornado do conhecimento público ao ser divulgado pelos meios de comunicação; notícia
…
Para nós, trocando em miúdos, informação é algo que se recebe e se pode trabalhar.
Já o conhecimento é um domínio, uma arte, uma ciência, ou uma prática, e tem a ver com competência, experiência.
O conhecimento humano está sempre acompanhado de pessoas. Livros, artigos e revistas, trazem informação, relatos, práticas, teorias, mas falta à mensagem escrita o detalhe da vivência, da experiência de já ter vivido, já ter feito, já ter presenciado, já ter experimentado.
Tal como no CRM – Costumer Relationship Management , “gestão do relacionamento com o cliente – o pessoal de TI se apropriou da Gestão do Conhecimento, criando sistemas para Gestão do Conhecimento. Tanto num caso como noutros, se esquecermos o Fator Humano, não há CRM, nem Gestão do Conhecimento.
Os computadores e sistemas só podem armazenar informações, palavras escritas, procedimentos, relatos, etc. Computadores não podem ter – ainda – percepção, sentimento, intuição, vivência, nuances, contextos.
Nesta era em que vivemos, onde a o conhecimento é que faz a diferença, onde o conhecimento é o que alavanca o sucesso empresarial, enjaular esse conhecimento e o disponibilizar é algo próximo à pedra filosofal, à busca do Santo Graal.
As informações podem ser classificadas, organizadas, e armazenadas, com sistemas que fazem conexões e buscas em alta velocidade. No entanto para quem busca o conhecimento, essa informação, ou conjunto de informações, relatos, experiências e procedimentos continuam uma “coisas fria”.
Se você quiser saber como se faz um relacionamento com o cliente, de nada adianta o aplicativo do CRM, vale mais a pena ir conversar com aquele vendedor experiente, do 3º andar, que trata daquela conta do cliente importante há mais de 10 anos…
Informação e conhecimento são coisas diferentes, [Name]… Conhecimento tem nuances, contextos, experiências vividas, sentimentos que não podem estar escritos… Podemos até falar que essa a diferença é muito próxima da diferença entre informação e literatura.
A pesquisa dos aplicativos de gestão do conhecimento pode igualar uma pessoa que enviou 10 e-mails sobre marketing de relacionamento, pois buscava se inteirar do assunto, com aquele vendedor do 3º andar…. Um é interessado, outro especialista. Como diferenciar essa não tão sutil diferença?
Vivemos uma época em que conhecimento é poder. Por que o vendedor experiente do 3º andar partilhará o conhecimento?
Há algum tipo de política de incentivo ao compartilhamento de experiências? Ou o vendedor do 3º andar tem que atingir metas de vendas, que não lhe disponibilizam tempo para essa troca de experiências?
Há uma aversão natural em passar o conhecimento aos outros, isso é natural do ser humano. A sua empresa mudou sua cultura buscando incentivar o compartilhamento do conhecimento? Essa mudança efetivamente ocorreu?
Há três fatos conhecidos:
– o conhecimento é mais facilmente compartilhado dentro de comunidades onde há confiança entre os seus membros,
– quanto mais conhecimento precisa ser compartilhado, mais esforços precisam ser gastos, e
– quanto mais dispersos forem os conhecimentos, mais esforços serão necessários para compartilhá-los.
Compartilhar conhecimento com outros também recebe o nome de treinamento ou desenvolvimento. Por estas e por mais algumas razões não sobraram muitas coisas mais sobre a gestão do conhecimento…
Uma das razões que alimentaram a febre da gestão do conhecimento é que a experiência daquele seu empregado excepcional poderia ser perdida, assim que ele pusesse o pé fora da sua empresa, e nunca mais voltasse.
Há uma outra forma de reter esse conhecimento: mantenha nos quadros da sua empresa os empregados excelentes, através de sistemas de compensação, desenvolvimento, propósito e participação.
Por fim, é na interação humana cooperativa que ocorre a transferência do conhecimento.
A interação humana, e os bens que dela podem surgir, só com a somatória de esforços, o que exige na cooperação. Competição, deixemo-la para os concorrentes, fora da empresa, no mercado.
O quanto a sua empresa preza e promove a colaboração, a cooperação, dentro da empresa? Ou a sua empresa coloca os empregados para competirem entre si?
Leia COMPETIÇÃO OU COOPERAÇÃO?
O que a sua empresa busca? Cooperação, colaboração entre seus empregados, ou competição entre eles?
Dúvidas? Esclarecimentos?
Caso o assunto tenha despertado o seu interesse, contate-nos diretamente, sem compromisso, ou ainda leia a página PERGUNTAS E RESPOSTAS para maiores informações sobre como podemos atender as suas necessidades.
Construa uma semana excelente.
Este artigo é uma prática de disseminação de conhecimento adotada pela Merkatus, através do correio eletrônico, de circulação restrita e exclusiva para pessoas, instituições ou empresas que manifestaram o interesse em recebê-lo. Este artigo aborda temas que ajudam as pessoas, as empresas e as instituições a aprimorar: a) a obtenção de mais e melhores clientes certos; b) a conformidade do que produzem ou fazem à demanda do seu mercado; c) a aproximação de interesses convergentes entre a demanda e a oferta, dentro da área de serviços. É nosso intuito promover o desenvolvimento pessoal e aprimorar as relações comerciais do mercado.
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